26.12.05

O pensamento vivo de John Stott

Seleção de trechos que me chamaram a atenção:
Sobre Martyn Lloyd-Jones
"Dr. Martyn Lloyd-Jones, de 1938 a 1968 exerceu um ministério extremamente influente na Capela de Westminster em Londres. Nunca estava ausente do próprio púlpito aos domingo (a não ser nas férias); sua mensagem alcançava os cantos mais distantes da terra. Sua formação para médico e a clínica médica que anteriormente praticava, seu compromisso inabalável com a autoridade das Escrituras e ao Cristo das Escrituras, sua mente analítica aguda, seu entendimento penetrante do coração humano e seu ardor apaixonado gaulês, uniram-se para fazer dele o pregador britânico mais poderoso das décadas de 1950 e 1960". Eu Creio na Pregação, p.49.
O pregador como pessoa
"Se torna evidente que a pregação nunca poderá ser rebaixada a mera aprendizagem de umas poucas técnicas de retórica. Ela compreende todo um ramo da teologia, e por trás dela existeum modo de vida. A prática da pregação não pode ser divorciada da pessoa do pregador". Eu Creio na Pregação, p. 284.
Por que ser cristão?
"Assim, por que sou cristão? Ficou claro que não há uma razão preponderante, mas um conjunto de razões interligadas. Algumas têm a ver com o próprio Jesus Cristo - suas extraordinárias afirmações sobre si mesmo, as quais nõ posso explicar; seu sofrimento e sua morte, que lançam luz sobre o problema do sofrimento; e sua incansável busca por mim, em que ele não me permitiria escapar dele. Outras dizem respeito mais a mim do que a Jesus: ele me ajuda a compreender-me no paradoxo de minha humanidade e a encontrar a realização de minhas aspirações humanas básicas. Ainda outras dizem respeito à necessidade de uma decisão, uma vez que ele nos convida a virmos a ele para encontrarmos liberdade e descanso". Porque sou cristão, p. 144.
O pecado é um fato
"A extensão universal do pecado humano não é uma verdade que possa ser conhecida somente pela revelação. É um fato de nossa própria experiência cotidiana. Vemo-lo quando lemos uma história ou o jornal. Vemo-lo enquanto viajamos pelo exterior ou nos misturamos com outros homens, nossos semelhantes. Vemo-lo em nosso próprio lar. Vemo-lo em nossas próprias vidas. Quase toda a nossa legislação, quer seja em leis propriamente ditas ou simples decretos internos, tem se desenvolvido porque os seres humanos não podem ser confiados a estabelecerem suas dispustas com honestidade e sem interesse próprio. Muitos dos acontecimentos da sociedade civilizada não existiriam se não fosse por causa do pecado humano. Uma promessa não é suficiente; precisamos de um contrato. Portas não bastam; temos que fechá-las a chave a aferrolhá-las. O pagamento de taxas não é suficiente; temos que receber recibos. A lei e a ordem não chegam; precisamos da polícia pra reforça-la. Todas estas coisas - e muitas mais - com as quais ficamos tão acostumados a ponto de admiti-las naturalmente, são devidas a nosso pecado". Cristianismo Básico, p. 71, 72.
Controvérsias teológicas que dividem a Igreja
"Contudo, nós não somos unidos. Nós nos separamos uns dos outros por assuntos pouco importantes. Algumas das questões que nos dividem são teológicas; outras, temperamentais. Teologicamente, por exemplo, podemos discordar na relação exata entre soberania divina e responsabilidade humana, na "ordem" e ministério pastoral na igreja (se deve ser episcopal, presbiteriano ou independente) e até onde os crentes podem envolver-se numa "mistura" denominacional sem que se comprometam a si mesmos e a fé que professam nas relações Igreja-Estado; em quem está qualificado para ser batizado e no volume de água a ser usado; em como interpretar profecia, em quais dons espirituais estão disponíveis hoje e quais são os mais importantes. Estas são algumas das questões nas quais crentes igualmente dedicados e bíblicos discordam entre si". Cristianismo Equilibrado, p. 14.
Exortação aos reformados e aos pentecostais
"Por último, quero fazer uma exortação a todos nós, seja qual for nossa condição espiritual. Busquemos constantemente ser cheios do Espírito, ser guiados pelo Espírito, andar no Espírito. Será que não podemos concordar nisto com alegria, de maneira que não haja divisões entre nós?". Batismo e Plenitude do Espírito Santo, p. 54.